Assédio moral e sexual no trabalho – conscientização e prevenção

Informação e orientação fazem parte de um processo de conscientização e prevenção de comportamentos que caracterizam o assédio moral e sexual nas relações de trabalho. Por isso é tão importante refletirmos sobre esse assunto tão polêmico e especialmente relevante para as organizações.

Viver de maneira pacífica em sociedade exige que tenhamos consciência moral e acima de tudo ética em nossas interações pessoais e profissionais. Então, algumas regras comportamentais devem ser seguidas para que se tenha uma convivência harmoniosa, principalmente no âmbito profissional.

Mas afinal, o que caracteriza assédio moral e sexual nas relações de trabalho?

 

Assédio moral

Expor o empregado a situações humilhantes e constrangedoras, ofendendo sua personalidade, dignidade, integridade psíquica ou física com o objetivo de excluí-lo das suas funções.

 

Assédio sexual

Constranger alguém, por palavras, gestos ou atos, com o fim de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o assediador da sua condição de superior hierárquico ou da ascendência inerente ao exercício de cargo, emprego ou função.

 

Seguem 3 exemplos de situações que caracterizam o assédio moral e sexual no trabalho e formas de prevenção.

Exemplo 1 – Contestar sistematicamente todas as decisões e criticar o trabalho do colaborador de modo exagerado ou injusto.

A linha que separa o poder de gestão do assédio moral pode ser tênue às vezes. O superior hierárquico deve saber se impor de maneira proporcional e justa aos seus subordinados. Já dizia o ditado: “Não se abate andorinhas com balas de canhão”. Portanto, críticas devem sempre ter o propósito de melhorar os resultados e o desenvolvimento pessoal e profissional do colaborador.

O que se diz e a maneira como se diz devem ser avaliados neste momento. Então, ao fazer uma crítica procure entender o motivo que levou o colaborador a ter certa atitude e, se possível, tente valorizá-la em algum ponto para, somente depois, fazer a crítica de forma construtiva.

Mas, afinal, como garantir uma comunicação assertiva e eficaz com o colaborador? Veja 4 passos essenciais:

1º Observação: atente-se e identifique problemas no ambiente de trabalho;

2º Sentimento: Exponha o sentimento que certa atitude está gerando dentro da empresa entre a equipe de colaboradores;

3º Necessidade: Entenda o que está acontecendo;

4º Pedido: Podemos conversar?

Exemplo 2 – Atribuir, de propósito, tarefas inferiores ou superiores, distintas de suas atribuições

Atribuir tarefas muito abaixo da capacidade do colaborador pode gerar  tédio ou sentimento de subvalorização, comprometendo os seus resultados. Tarefas acima da capacidade do colaborador podem acarretar desespero e baixa autoestima, afetando a autoconfiança do colaborador.

Alguns gestores costumam usar desse artifício para se livrar de colaboradores ineficientes. Ao agir dessa forma, intencionalmente, praticam o assédio moral. Mais uma vez, a linha que separa o assédio moral nessa circunstância com a má gestão ou despreparo do gestor é  também muito tênue.

E quais os passos para conduzir uma gestão eficaz dos colaboradores?

1º Descrição de tarefas: Tenha fichas com a descrição dos cargos e funções da sua empresa;

2º Mapeamento de perfil: Faça  mapeamento de sua equipe identificando o perfil profissional de cada um, formação e capacidade técnica para o trabalho;

3º Delegar: Delegue e acompanhe as tarefas de seus colaboradores. Lembre-se de que delegar é diferente de “delargar”.

4º Contratação assertiva: Seja assertivo na contratação de colaborador para cada cargo e função dentro da empresa.

Evite o uso de meios indiretos e errôneos para resolver problemas de performance e eficiência de seus colaboradores. Ser direto e honesto é sempre o melhor caminho!

Exemplo 3 – Conversas indesejáveis sobre sexo

Prevista como crime na legislação brasileira o assédio sexual é a forma mais grave de assédio. Desde brincadeira, insinuações ou até mesmo pedidos diretos de favores sexuais, todas essas atitudes devem ser repudiadas nas relações profissionais.

Por fim, o assédio sexual contamina o ambiente de trabalho e gera danos psicológicos graves tanto na vítima direta, quanto naqueles que estão à sua volta.

E agora, vamos ao passo a passo para prevenção do assédio sexual na relação de trabalho:

1º Informações: Ofereça informações à sua equipe sobre assédio sexual;

2º Manual de conduta: Conste em regimentos internos, códigos de éticas e convenções coletivas de trabalho medidas de prevenção;

3º Acolhimento e orientação: Disponha de um setor responsável por atender a demandas relacionadas a assédio sexual;

4º Responsabilidade: Apure e puna as violações denunciadas.

 

Finalmente, você tem implementado ações preventivas de assédio moral e sexual dentro da sua empresa?

Na Loris trabalhamos um projeto especial para conscientização e informação, através do qual desenvolvemos o Manual de Conduta para colaboradores, fornecedores e clientes, ou seja, todos os envolvidos no negócios. O nome do projeto é: “Pare e Repare: Por um ambiente de trabalho mais positivo!”

Entre em contato e saiba como implantar finalmente esse projeto em sua empresa!

Por Amarílis Coimbra

Consultora da Loris

 

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